Outro, não mais um.

Logo que eu deitei,me assustei com o barulho do celular, levantei. Já sabia que era uma mensagem tua. Li, sorri e fui dormir, nem respondi. Acordei e senti teu cheiro, ele ainda está no meu cabelo. Não quero que seja pra sempre assim. Não posso te ligar no dia seguinte, não posso te pedir que seja só eu, que seja só tu. A gente combinou, eu lembro! Ficou claro quando tu disse: "eu não quero namorar, tu sabe..." é eu sei, eu aceitei. Agora é assim, como eu não quero que seja. Pode parecer que ele não presta, que ele é como os outros que eu "tive", mas não, ele que sempre foi quase perfeito, que sempre foi educado, que nunca mudou e com ele o jogo sempre foi limpo, nós sempre soubemos que íamos nos ver e nos querer. Até podíamos não fazer nada, mas aí estaríamos nos segurando. Eu digo pra mim mesma que não pode passar disso, que não daria certo ficarmos juntos, nós somos muito diferentes, e isso qualquer um pode notar.

Preguiça, sempre odiei a preguiça.

Muitas coisas pra fazer, mas eu não consigo levantar pra nada. Fico parada pensando e me preocupando com as coisas que eu deixo de fazer. Os prazos chegam perto do fim e nada vai começando. Incrivelmente, chega a hora -sempre na véspera- que tá tudo pronto, que foi tudo muito fácil e então eu penso: por que não fiz tudo antes, mesmo?

Eu só espero que tu não leias

Um dia nós vamos lembrar do passado e vamos perceber que foi amor, que não foi só amizade. A gente negou que era, apesar de sempre saber. Negamos pra nunca acabar, pra não ir cada um pra um lado falando coisas ruins um do outro, mas nos amamos. Não foi intenso, foi disfarçado, foi contido, sincero, amigo. Não te vejo mais com a mesma freqüência, sinto tua falta, penso em ti. Daí me lembro do que a gente sempre disse "nunca íamos dar certo" sempre entramos nesse consenso, mesmo quando tu admitiu que me quis, mas eu não. Agora eu sei que te quero, mas não é sempre, eu acho. Ciúme existe só com amor, né? Não é amor de amigo, eu sei que não é. Só que I don't have de guts de te assumir.